sábado, 12 de março de 2011

Ando preocupada com o futuro do planeta

Ando preocupada com o futuro do planeta.
Penso que o mundo está aos berros para que façamos alguma coisa.
Hoje, faço um paralelo com uma criança que chora quando precisa de atenção ou que faz birra quando ninguém percebe o que ela quer. Se for um bebê, a gente pega no colo e canta uma canção de ninar, ou dá de mamar, ou troca a fralda... CUIDAR é a palavra!
Andamos cuidando do que é concreto: o dinheiro, os bens, o patrimônio acumulado, do corpo para ficar em forma. E onde anda o cuidado com quem está mais próximo? Será que paramos para perceber como andamos cuidando daqueles que nos são caros? Não me refiro aos cuidados que o dinheiro pode proporcionar, mas falo do afeto, atenção, respeito e amor...
Sei que posso parecer meio piegas neste momento em que me torno avó de primeira viagem ou porque hoje é meu aniversário e parece que o meu tempo aqui neste planeta não é mais o de sonhos de adolescente onde tudo é possível. Mas, quando sinto em meus braços um ser tão pequenininho, que tem tanta coisa pela frente pra viver, acabo me tornando protetora de quem se quer tanto bem. Ah! O que é isso que dá na gente vendo a roda da vida rodando que nem ciranda? O que é isso que faz a gente parar e ver o tempo que perdemos com bobagens e não nos damos conta que a beleza da vida é fruto do SABER CUIDAR.
Quando plantamos uma semente e vemos o seu germinar e depois se tornar uma linda flor ou uma bela árvore sentimos um tremendo bem estar, não é? Foi o cuidado que nos proporcionou esta alegria. O mesmo sentimos quando cuidamos de gente, de bichos, cultivamos amizades e  fazemos o amor parte do processo deste cuidado.  
E aí me pego pensando num amor que é tão próximo, mas que parece ser distante - a Terra. Que cuidado temos com este planeta que berra em tantos lugares em tão curto espaço de tempo? Hoje vemos pela TV o terremoto no Japão, as imagens do tsunami que arrasou a costa leste deste país. Foi tão impressionante que parecia que estava vendo um filme de ficção científica. Será que já nos esquecemos dos outros terremotos e tsunamis que aconteceram com grande poder de destruição? Só pra citar os mais recentes neste século:
janeiro de 2010 – Haiti – 200 mil mortos
abril de 2009 – Itália – 207 mortos
maio de 2008  - China – 87 mil mortos
agosto de 2007 – Peru – 519 mortos
outubro de 2005 – Paquistão – 73 mil mortos
dezembro de 2004 – Oceano Índico- 300 mil mortos
dezembro de 2003 – Iran – 26 mil mortos
janeiro de 2001 – Índia – 20 mil mortos

Então, este ser vivo chamado Terra berra e grita como uma criança que está pedindo atenção e precisa ser cuidada. Não podemos pegá-la no colo ou cantar uma canção de ninar (quem me dera poder e resolver o tal “berreiro”), mas podemos tantas outras coisas... O cuidado com o planeta depende de atenção, carinho, afeto e respeito. Estes valores são ignorados pelos maiores poluidores do mundo como a China e os Estados Unidos, porque estão mais interessados em cuidar dos interesses financeiros e que se dane não assinar o Protocolo de Kioto, não interessa se morrem milhares de pessoas que habitam a Terra pelo aquecimento global.
Não importa se as enchentes arrasam as vidas de tantos brasileiros em diversos estados do país se minha casa está de pé, se não perdi nenhum parente, enfim... mandar uma cesta básica para os desabrigados faz que nos sintamos solidários e pronto! Podemos desmatar novamente, as fábricas continuam emitindo fumaça,  joga-se lixo em toda parte, andamos de carro pra todo o lado, descartamos o óleo de cozinha na pia, enfim... Até a próxima enchente ou terremoto, para sermos solidários e mandarmos, novamente, a nossa contribuição em donativos ou alimentos.
A Terra berra e queria muito poder cantar uma canção de ninar, como faço pra Luiza, e assim, quem sabe, ela ficaria bem quietinha e dormiria em paz.
Ando preocupada com o futuro do planeta e só me dá vontade de chorar...

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