Pela primeira vez na história deste país não teremos a figura da PRIMEIRA-DAMA (título que recebe a esposa do presidente do Brasil). Agora, temos a primeira presidente mulher, donde se conclui que deveríamos ter a figura do “PRIMEIRO CAVALHEIRO”. Será que existe este título?
E agora? Um grande problema pela frente!
Abaixo, segue a lista de todas as primeiras-damas que tivemos no Brasil:
Nº | Presidente | Mandato | Primeira-dama |
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5/6 | viúvo de Ana Guilhermina de Oliveira Braga - Filhas: Catita Alves (até 1904) Marieta Alves | ||
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— | não assumiu | viúvo de Ana Guilhermina de Oliveira Braga | |
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— | não assumiu | Alice Viana | |
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28 | viúvo de Argentina Viana (†1963) - Filha: Antonieta Castelo Branco | ||
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— | não assumiu | ||
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— | divorciado de Ana Elisa Junerus | ||
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36 | 2003 — atualidade | ||
37 | Dilma Vana Roussef | 2011 | Divorciada |
“O título foi inspirado pelo modelo norte-americano e, teoricamente, seu papel é desempenhar aquilo que seu marido, o presidente, não consegue por falta de tempo, liderando, por exemplo, campanhas de caridade e de voluntariado ou participando delas, a fim de ajudar os menos favorecidos.” (Wikipédia)
E agora? Além disso, a primeira presidente do Brasil é DIVORCIADA!!!! Como será? Já não teremos a figura da primeira-dama e agora esse vazio????? O mundo vai cair!
Mas, pensando bem, mesmo que a presidente fosse casada, e se ainda tivéssemos a Legião Brasileira de Assistência (LBA), onde as primeiras-damas eram as presidentes de honra e que foi fechada por Collor porque a instituição tornou-se corrupta, será que os homens brasileiros iriam ficar confortáveis com o marido da Dilma a frente das campanhas de caridade, a fim de ajudar os menos favorecidos?
Imagina? Como entender uma subversão dessas?
Pois é, engolir uma mulher presidente, que já foi “guerrilheira”, que fala “duro”, e ainda não ser casada, sem um homem para estar ao seu lado e lhe ajudar em suas decisões, como será? Ela será capaz de governar o Brasil?
Para muitos machistas de plantão e, provavelmente, para muitas mulheres que também são machistas de plantão, a resposta é NÂO!
Alguns dirão que mulher não tem estrutura para suportar as pressões que o cargo exige. Outros dirão que lugar de mulher não é fazendo política...
Muitos dizem que ela foi “moldada” pelo seu criador (Lula), e como “criatura” não tem luz própria.
Ah! Será que temos que desenhar para essas pessoas entenderem de que barro essa senhora é feita? SIM, é preciso!
A criatura, como dizem, foi esculpida através de uma história de luta e dor. Em 1964, Dilma iniciou seu caminho de resistência à ditadura militar para o retorno da democracia no país, onde ingressou na Política Operária (POLOP).
Em 1968 atua no COLINA (Comando de Libertação Nacional) onde impõe sua liderança perante os homens e passa atuar na organização das ações. Em 69 entra para a Vanguarda Revolucionária Armada Palmares - VAR Palmares, e se torna uma das líderes desta organização clandestina.
Em 1970 é presa e levada para a Operação Bandeirantes (OBAN), em São Paulo , local que foi um centro de informações, investigações e de torturas montado pelo Exército do Brasil. Lá teria sido torturada por 22 dias, com palmatória, socos, pau-de-arara, choques elétricos. Conforme Maria Luísa Belloque, uma companheira de cela, "A Dilma levou choque até com fiação de carro. Fora cadeira do dragão, pau-de-arara e choque pra todo lado". Depois foi levada para o presídio Tiradentes onde ficou até 1972. Saiu de lá10 quilos mais magra, prejudicada em sua saúde física e degradada na sua condição feminina.
No livro LUTA, SUBSTANTIVO FEMININO: Mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura, a Ministra Nilcéa Freire diz: “Para fazer de uma mulher uma vítima de tortura é preciso não apenas que seu algoz retire dela toda a sua dignidade como ser humano, mas estraçalhe a sua “humanidade feminina”, que retire do corpo a ser supliciado qualquer relação com os outros corpos femininos que remetem ao aconchego e ao afeto maternal, por exemplo.”
É necessário mais desenhos pra se fazer entender a qualidade do barro desta cidadã brasileira?
Mas continuando na questão da ausência do “primeiro-cavalheiro”...
Quem subirá a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Dilma?
Nós, mulheres e homens brasileiros, acreditamos que Dilma tem luz própria e que saberá, com autonomia, conduzir os rumos deste país!
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