sábado, 20 de novembro de 2010

Rede Globo, CBF e Corinthians tudo a ver!



O árbitro Carlos Eugênio Simon foi mais uma vez “sorteado” para apitar um jogo do Corinthians. Desta vez para a decisiva partida deste Domingo contra o Vitória-BA em Salvador. O Corinthians venceu apenas quatro partidas fora de casa nesse campeonato brasileiro, em três delas o juiz foi Simon. Coincidência? Sim pode ser. Falarei sobre isso mais adiante.

Sobre o jogo de sábado passado, contra o Cruzeiro, adversário direto na luta pelo título, em que o Corinthians venceu com um gol de pênalti aos 43 minutos do segundo tempo da partida, a rede Globo preferiu reduzir sua cobertura ao pênalti polêmico [sic] assinalado a favor do clube paulista. No entanto, houve muito mais polêmica nesse jogo. Os impedimentos inexistentes assinalados contra o Cruzeiro ou ainda os dois lances de pênalti a favor da Raposa, não marcados pelo árbitro da partida, são exemplos disso.

Alguns números do campeonato brasileiro colocam sob suspeita a tese da coincidência e da simples polêmica. Senão vejamos: em relação ao número de pênaltis marcados o Corinthians teve 11 a favor, enquanto seus adversários diretos na luta pelo título, Fluminense e Cruzeiro, somados, tiveram apenas 9, o Tricolor com 4 e a Raposa com 5.

Se analisarmos os pênaltis marcados contra cada um destes três clubes, a situação se inverte: o Corinthians teve 2 pênaltis marcados contra em 35 partidas, enquanto Fluminense e Cruzeiro juntos tiveram 8 pênaltis assinalados contra eles.

Se fôssemos criar um saldo de pênaltis marcados a favor e contra, a situação ficaria da seguinte forma: Corinthians, saldo positivo de 9 pênaltis. Fluminense, saldo positivo de 3 pênaltis e Cruzeiro, saldo negativo de 2 pênaltis.

Esses números demonstram o que mais uma ficou evidenciado no jogo entre Corinthians e Cruzeiro do último sábado: em jogadas onde cabe a interpretação, ou mesmo a imaginação dos árbitros, as decisões sempre têm favorecido o clube paulista. Mas esse raciocínio teria fundamento? Quais seriam os motivos? Quem teria interesse nisso?

Nunca é demais lembrar que Andrés Sanches, presidente do Corinthians, foi o chefe da delegação da seleção brasileira na África do Sul, escolhido pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Sanches foi também o principal apoiador e candidato a vice de Kléber Leite à presidência do Clube dos 13. Leite que também era o candidato de Ricardo Teixeira e da CBF. Simon, Sanches e Teixeira conviveram longo período na África do Sul, uma vez que o árbitro gaúcho foi o juiz brasileiro na Copa.

Com relações tão próximas, não foi de se estranhar que a CBF escolhesse um estádio que sequer existe, que dele se conhece apenas uma maquete, que não tem projeto e nem fonte de financiamento, para ser o palco da abertura da Copa de 2014. A escolha do possível futuro estádio do Corinthians provocou ácidas críticas na imprensa internacional, questionando a seriedade da CBF na organização da Copa do Mundo.

O estado de São Paulo tem um estádio pronto, o Morumbi. Estádio com capacidade de público para receber a abertura da Copa do Mundo, necessitando para isso de reformas, como o Maracanã ou o Mineirão. No entanto, o estádio pertence ao São Paulo Futebol Clube, presidido por Juvenal Juvêncio, desafeto de Teixeira. Sobre os negócios da CBF e Ricardo Teixeira na organização da Copa do Mundo no Brasil, o Lance!net publicou a seguinte matéria: http://www.lancenet.com.br/copa-do-mundo/Ricardo-Teixeira-lucros-COL-Copa_0_373162928.html.

Voltando ao assunto Corinthians, neste ano de 2010 o clube paulista completou 100 anos. Para comemorar o centenário na Avenida Paulista, o time teve uma partida do campeonato brasileiro adiada pela CBF. Será que clubes como Atlético-GO, Ceará ou Avaí receberiam esse pequeno favor?

Todos sabemos que o Corinthians é um clube de massa. Ninguém despreza a força econômica do estado de São Paulo e da torcida corinthiana, que movimenta uma ampla gama de recursos no lucrativo negócio que se tornou o futebol profissional. Transmissões de TV, patrocínios, direitos de imagem, negociações de atletas – que podem ser valorizados através de convocações para a seleção brasileira, que é treinada, coincidentemente, por um ex-técnico do Corinthians, entre outros.

E assim, como em 2005, de polêmica em polêmica, de erro de arbitragem em erro de arbitragem, o Corinthians chega a três rodadas do final do campeonato brasileiro de futebol com muitas chances de conquistar o título no ano do seu centenário. Assista ao vídeo sobre como isso foi possível em http://www.youtube.com/watch?v=hghV3UBxkuA&feature=player_embedded. Rede Globo, CBF e Corinthians tudo a ver!

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